motivação.

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quinta-feira, 2 de abril de 2009

Aquele Momento.



Algumas vezes me pego pensando no futuro, imaginando finais felizes, mas mesmo pensando em cada detalhe, imaginando as possibilidades de dar errado e ensaiar um possível contorno da situação, tudo que a gente planeja sai totalmente fora do planejado. Quando algo não sai do jeito que queremos ficamos com raiva do mundo, falamos e fazemos coisas impensadas com as pessoas erradas, um sentimento tão obscuro e negativo invade nosso coração, paramos de pensar por alguns minutos e fazemos grandes bobagens, as por culpa nossa mesmo, esquecemos que para ter algo que queremos muito não depende só da sorte ou de Deus, temos que nos empenhar para conseguir nossos objetivos, por mais simplórios que sejam, temos que lutar muito para conquistar nossos objetivos...


XIII


Por um momento pensei que o mundo tinha parado só para nós dois, aquele lugar aconchegante, frio, mas ao mesmo tempo quente, parou, parou tudo, só pensava no momento e na oportunidade que eu "acho" que pintava naquela hora. Não estava mais resistindo a tanta aproximação, queria sentir a mesma alegria que senti uma vez, meu desejo se resumia em um beijo, não um qualquer, mas um que marcasse aquele dia, aquela cena, me sentia incrivelmente tentada a partir pra cima dele, o que me contia era o medo de ser rejeitada, mas não sabia se pensava com os neurônios ou com o coração. Meu amor por Eduardo não era passageiro, veio pra ficar, senti que estava adiantando um degrau a mais, deixava de ser uma "paixão" de verão, e brotava no lugar, uma flor, uma rosa branca, pura e singela, delicada e frágil, perfumada e encantadora, estava aprendendo o que é o "amor". Deixava de me sentir uma jovem, para virar uma Mulher, sentindo coisas que nunca sentira antes. Aquele momento era propício a tudo, mas não sentia que estávamos na mesma sintonia, não ele com envolvido em um relacionamento com a Bárbara, tudo tão difícil e tão atraente, não conseguiria me livrar daquela história tão fácil, me envolvi pra valer, já via tudo ao lado daquele homem. Quando algo ia acontecer, para contrariar todas as opiniões, a iniciativa não tinha sido minha. Estávamos um encostado no rosto do outro, eu ele abraçados, sem blusa, eu de short e ele de bermudão, derrepente, uma mão deslizava suavemente pelas minhas costas, desceu e foi subindo delicadamente, um carinho tão desejado a tempos, tão maravilhoso e tão gostoso. Como uma cena que não deixou a desejar a nenhum filme de Hollywood, a boca dele foi de encontro a minha, sedenta por um beijo, nossos lábios desejavam um ao outro, nossos corpos queimavam, nada nos afastaria naquele momento, eu era completamente do Eduardo, e ele era completamente meu. Faltava muito pouco para me entregar a vontade mais fervorosa que sentira na minha vida, mas resisti, quando ele vinha com os lábios d eencontro aos meus, abaixei a cabeça, e me afastei dele, meu Deus, como me doeu fazer aquilo, meu coração sangrava, meus instintos mais agressivos queriam rebelar-se para agredir a mim mesma, naquele momento quis me "matar", e realmente morri, morri por uns 5 minutos. Dudu me olhava como quem não estava entendendo nada, não tinha como entender, para ele eu era totalmente apaixonada por ele, capaz de fazer de tudo para te-lo comigo, no fundo isso tudo era verdade, porém tinha que impôr minha presença, não dava pra ficar com ele durante uma chuva, que já tinha diminido e quase cessara, e no outro dia fingir que não tinha acontecido nada, até porque ele tem uma namorada que não podia nem imaginar que ele trocou uma palavra comigo, imagina ela saber que "quase ficamos". Achei o mais correto o que fiz, me arrependi até a alma de não ter cedido aos meus impulsos, mas foi necessário fazer para mostrar que comigo não é passageiro, que não sou "qualquer uma". Como a chuva tinha dado uma trégua, me levantei, peguei nossas blusas, entreguei a dele, agradeci por ter me ajudado no momento que mais precisei, me vesti e fui sozinha para a pousada, se ele ficou ou se foi embora, não sei, mas fui e não olhei para trás.