motivação.

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quarta-feira, 28 de janeiro de 2009







Amor, paixão, raiva, carinho, ódio, compaixão, sentimentos que confundem a cabeça das pessoas, como sabemos que amamos uma pessoa quando apenas estamos envolvidos pela famosa paixão fulminante, ou até apenas desejo que não chega a ser paixão, muito menos amor. Como distinguir sentimentos? Será que uma paixão ardente passageira poderia virar amor? ou virce versa?! E amizade? Pode vir a ser um sentimento mais forte, não entre amigos, mas sim entre um homem e uma mulher?






IX






Depois da conversa com Eduardo, fui pra pousada, me sentia leve, com a mente tranquila, poderia ter sido injusta, ter jogado baixo e deixado o gatinho livre pra mim, mas pelo contrário, fui justa comigo e com ele, posso até ter juntado o casal 20 de novo, mas pelo menos não sujei minhas mãos. Por mais que eu estivesse triste em saber que o Dudu ainda gostava muito da namorada, estava com esperanças, ele estava se aproximando de mim, eu também estava me sentindo mais próxima, ganhando a confiança dele, isso era bom, era pelo menos um começo.Quando acordei olhei pela janela e vi a praia tão cheia, o sol me chamava pra dar uma passada por lá, o mar tão lindo, será que era um sinal, algo me chamava naquela praia. Troquei de roupa, coloquei meu melhor biquini, nem tomei café, quando ia saindo da pousada o Fred me chama, esse era o filho da dona do estabelecimento, gente boa, ele me avisou de quatro telefonemas de uma pessoa chamada Beatriz; nossa como podia ter esquecido que minhas amigas iriam chegar nesse dia? Só deu tempo de dar meia volta, trocar de roupa, arrumar uma malinha básica e partir pro Rio, esperar minhas amigas no aeroporto. Quando cheguei na cidade maravilhosa, não tinha me dado conta que a cidade também era tão linda e atraente quanto a praia, fui logo pro aeroporto, tinha o endereço de um hotel baratinho que minha prima me deu, tomei um chá de cadeira, fiquei esperando mais de 7 horas, ja não aguentava mais ficar lendo revistas, nem tomar café, minha bunda tava quadrada de tanto ficar sentada, fui então dar uma volta pelo aeroporto, vai que encontrava algum famoso? Era meu sonho encontrar alguém famoso, que luxo,quando ia saindo do banheiro dei de cara com o Henri Castelli, nossa que homem lindo, ele nem me viu, mas tudo bem. Mais meia hora depois, escutei a voz anunciando que o voô tinha chegado, fui esperá-las e quando vi minhas amigas quase infarto, foi tanto abraço. Fomos direto para o hotel, tinha tantas coisas pra contar, pra escutar, no mínimo aquela fofoca toda duraria horas...

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009






Queria saber como me achar, me sentia perdida em um lugar paradisíaco, meu sonho era passar férias na praia, curtir sol, mar, e nesse momento queria meu quartinho, meus ursinhos fofos, meu cachorro pulguento, topava até passar uns dias na casa do interior dos meus avós que fica no fim do mundo, sem direito a internet, telefone, só paz, descanço e o chamego do colo do vovô e da vovó. Ai que saudade das minhas amigas, as risadas, as piadinhas, as festinhas, pronto achei o ponto em questão, estava precisando esfriar a cabeça, queria pelo menos uma amiga conhecida que me conhecesse pra me dar uma direção, desatar esse nó que pairava em minha cabeça; queria fugir, se pudesse tirava o Eduardo do meu coração, dos meus pensamentos, mas como faria isso? Uma vez me disseram que se cura um amor com um novo amor, mas será que não piora a situação? Se o outro for pior que o primeiro? Ai ai, quanto mais pensava mais me perdia nas conclusões absurdas, bem que aquela frase dava certinho comigo agora : Cabeça vazia oficina do diabo!


VIII


Que droga, eu e meu coração molenga, não aguentei ver a carinha de descepção, como poderia negar ajuda a um alguém que necessita?! Mesmo que essa pessoa seja tão importante pra mim, mesmo ela vindo me falar da namorada, ser egoísta não fazia parte da minha personalidade, nem do meu caráter. Dei alguns passos em direção a Eduardo e segurei sua mão, sinceramente não sei, mas me passou uma sensação boa; sem falar nada fui puxando ele até uma mesa na beira da praia, ja era noite, mas como era lua cheia, tava tudo claro, sentei ao lado dele, pedi um coco e fiquei admirando o mar, parecia furioso, as ondas estavam muito forte, Dudu quis se levantar, não parecia á vontade, mas pedi para ele ficar, me desculpei pelo papelão de pouco tempo antes, ele deu um sorriso e contou que os meninos alertaram que eu era desastrada mas não relataram que eu surtava! Pronto, em outra ocasião me sentiria irritada com o infeliz comentário, mas resolvi sorrir, ele começava a ficar mais tranquilo, começamos a falar sobre coisas banais, o novo repertório da banda, ele me prometeu algumas aulas de bateria, contei que sabia tocar violão e cantar, ele me desafiou a participar do proximo ensaio, eu iria dividir o vocal com ele o Ricardo e o Danilo, aceitei o convite, os cocos chegaram, quando fui pegar o meu, sei lá, mas como sempre, peguei de mal jeito e derramou um pouco no meu pé, um grande motivo para Eduardo me olhar e fazer aquela cara de "Ainda vai dizer que não é desastrada?", Olhei de volta lançando aquele velho olhar de "tudo bem, admito, você estava certo"! Enquanto tomávamos a água de coco, resolvi arriscar em perguntar sobre o namoro dele, com a cara que fez, percebi que "aí" estava o problema, relutou muito a falar qual o problema na verdade, mas acabou desabafando: ela é mimada, infantil algumas vezes, mandona, ciumenta, mas sei que ela gosta de mim, e muito, eu também gosto dela, mas de uns dias pra cá as brigas aumentaram e as cobranças também, não sei o que fazer, já pensamos em dar um tempo, o que não durou nem 2 dias...

Vendo ele falar da atual, ex, futura namorada, ou sei lá, acabei que nem escutei mais o que ele estava falando, que falta de educação minha, mas automaticamente só conseguia ver a boca dele se mexendo, os olhinhos que olhavam para mim, pro mar, pro céu, "minha nossa senhora", quando ele olhava pro céu a lua refletia naqueles olhos que de longe eram escuros, mas com a luz do luar ficavam mais claros, uma cor incrível, e o sorriso, quando sorria apareciam dois buraquinhos nas bochechas, um de cada lado, o sinal acima da boca do lado direito, era um charme a parte. Eu viajando naquele mix de beleza e mistério, quando paro pra prestar atenção no que ele falava, adivinha? O assunto ainda era a loira aguada, mentira, ela era linda, tinha uma personalidade difícl mas no fundo era totalmente do bem e louca por ele, eu sabia que ainda tinha futuro o namoro deles. Era hora de pôr minha honestidade a prova, a pergunta foi lançada: Você acha que eu devo dar uma segunda ou terceira chance pra uma pessoa a quem eu não tenho certeza dos meus sentimentos? Cara, que dificuldade, eu poderia deixar o caminho livre pra mim só em dizer : Se você não tem certeza, melhor dar um tempo até definir seus sentimentos, ela não te entende, te sufoca? Então termina e pronto, fica livre pra mim! Sacanagem dizer isso pra ele, tinha que dizer o óbvio, fui e respondi: Vocês tem uma história juntos, mesmo estando em crise, isso tudo pesa um pouco, melhor você levar em conta que ela te conhece, gosta de você, seus sentimentos estão confusos, mas pode ser passageiro ou não, mas o que você precisa é escutar oq eu seu coração diz, leva tudo em conta, não dispreza nada, reflete, chama ela pra conversar e ai vocês decidem o que fazer. Ele deu um sorriso como se tivesse saído de um buraco negro e encontrado a luz, segurou minha mão e olhou nos meus olhos dizendo: Obrigado, os meninos estavam certos, você é uma mulher incrível! E me deu um abraço, o abraço mais gostoso que já recebi...

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009








As vezes é preciso dar um tempo, parar e rever os assuntos importantes, extravasar a pressão que em alguns casos nos fazem dizer ou agir de forma impensada, adiar algo pode nos dar tempo parar agir da forma certa, não como uma atitude covarde, mas como um sábio que fez a escolha certa. Por muito tempo me sentia presa a uma vida regrada, uma rotina que me prendia a uma vidinha que me escondia todo um universo versátil ao mesmo tempo que é devagar e envolvente, sutil e intenso, que me fascinava de ouvir falar, nunca havia me apaixonado com tanta intensidade, esse relacionamento havia me mostrado um mundo que eu até então não conhecia, mas havia me apaixonado a primeira vista.




VII



Aquela cena, parecendo um filme ou novela de televisão, tudo estava tão certo, tão lindo, mas me intrigava, de repente ele chega me segue e arma aquela situação toda, por que? Não dava pra acreditar que ele estava apaixonado por mim, não tava batendo, tudo tão pensado e tão rápido, uma situação muito propícia pro meu gosto. A iniciativa como disse foi minha, em um momento de pura revolta me levantei, jogando areia para todos os lados, e disse que não podia ficar ali com ele, poxa, todo mundo daquela cidade sabia que meu coração batia, pulava, fazia um malabarismo todo por ele, armar aquela situação pra nada ia ser de uma maldade tremenda; olhei pra ele e falei, quer dizer, obriguei ele a me contar o por que de me seguir, me intimidar, me iludir, forçar aquela situação, falei mesmo, ainda disse mais, que ele não tinha coração, que sabia que eu era afim, quanto mais eu falava ia andando, e falando alto, brigando com ele, chutei areia, engoli também; quando olhei pros lados cadê o Eduardo? Eu falando e gritando e brigando, e ele sentadinho na areia morrendo de rir, depois do descontrole emocional em público, deixei o rapaz no momento de êxtase, fiquei com tanta raiva dele que não olhava nem onde pisava, até que quando parei pra pensar vi que tinha esquecido minhas sandálias, não eram apenas sandálias normais, eram minhas havaianas personalizadas que minha vozinha enfeitou pra mim no carnaval, toda colorida, tinha um amor tão grande por ela, não teve outra, ou esquecia o mimo que vovó me deu, ou voltava engolia o orgulho e pegava meu bibelô. Quando dei meia volta e ja ia andando de novo pra praia, vi aquele espetáculo de homem na minha frente,tão alto, tão forte, tão lindo segurando minhas sandalinhas na mão, teve o trabalho de pegar e ir atrás de mim pra devolver, ele contou que ainda falou pra mim que tinha esquecido, mas eu nem escutei, ele soltou um sorriso lindo e eu viajei tanto naquele sorriso que entrei em transe, parei total naquele homem, cmo podia um ser de carne e osso e músculos me fascinar tanto, ao mesmo tempo que eu tentava me desligar daquele, daquilo tudo, eu me envolvia mais e mais e mais... Eu tava precisando de um tempo, como esquecer uma pessoa que vira e mexe eu encontro na praia, na barraca, na turma que eu estava no meio, na pracinha, no mercado, passando na rua sozinho ou com a "namorada perfeita", até eu tava querendo mudar. Voltando a cena, Dudu me entregou as sandálias e pediu desculpas se me fez sentir mal, ele se explicou dizendo que tinha ficado na praia comigo porque todos os meninos falavam que eu era muito legal, que era uma ótima pessoa pra ser "amiga", e pensou que ele também poderia ser meu "amigo", aquilo doeu mais do que se ele tivesse dito que só quis tirar uma onda com a minha cara, depois de se desculpar saiu arrastando os pés no chão, tão tristinho, pra baixo mesmo, com uma carinha de dar pena, logo eu que morro de amores por ele, vê-lo naquela trip era muito ruim, no momento em que faltava o chão pra ele, eu caia no mesmo buraco. Sabia o que fazer, só dependia de mim...