motivação.

motivação.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009








As vezes é preciso dar um tempo, parar e rever os assuntos importantes, extravasar a pressão que em alguns casos nos fazem dizer ou agir de forma impensada, adiar algo pode nos dar tempo parar agir da forma certa, não como uma atitude covarde, mas como um sábio que fez a escolha certa. Por muito tempo me sentia presa a uma vida regrada, uma rotina que me prendia a uma vidinha que me escondia todo um universo versátil ao mesmo tempo que é devagar e envolvente, sutil e intenso, que me fascinava de ouvir falar, nunca havia me apaixonado com tanta intensidade, esse relacionamento havia me mostrado um mundo que eu até então não conhecia, mas havia me apaixonado a primeira vista.




VII



Aquela cena, parecendo um filme ou novela de televisão, tudo estava tão certo, tão lindo, mas me intrigava, de repente ele chega me segue e arma aquela situação toda, por que? Não dava pra acreditar que ele estava apaixonado por mim, não tava batendo, tudo tão pensado e tão rápido, uma situação muito propícia pro meu gosto. A iniciativa como disse foi minha, em um momento de pura revolta me levantei, jogando areia para todos os lados, e disse que não podia ficar ali com ele, poxa, todo mundo daquela cidade sabia que meu coração batia, pulava, fazia um malabarismo todo por ele, armar aquela situação pra nada ia ser de uma maldade tremenda; olhei pra ele e falei, quer dizer, obriguei ele a me contar o por que de me seguir, me intimidar, me iludir, forçar aquela situação, falei mesmo, ainda disse mais, que ele não tinha coração, que sabia que eu era afim, quanto mais eu falava ia andando, e falando alto, brigando com ele, chutei areia, engoli também; quando olhei pros lados cadê o Eduardo? Eu falando e gritando e brigando, e ele sentadinho na areia morrendo de rir, depois do descontrole emocional em público, deixei o rapaz no momento de êxtase, fiquei com tanta raiva dele que não olhava nem onde pisava, até que quando parei pra pensar vi que tinha esquecido minhas sandálias, não eram apenas sandálias normais, eram minhas havaianas personalizadas que minha vozinha enfeitou pra mim no carnaval, toda colorida, tinha um amor tão grande por ela, não teve outra, ou esquecia o mimo que vovó me deu, ou voltava engolia o orgulho e pegava meu bibelô. Quando dei meia volta e ja ia andando de novo pra praia, vi aquele espetáculo de homem na minha frente,tão alto, tão forte, tão lindo segurando minhas sandalinhas na mão, teve o trabalho de pegar e ir atrás de mim pra devolver, ele contou que ainda falou pra mim que tinha esquecido, mas eu nem escutei, ele soltou um sorriso lindo e eu viajei tanto naquele sorriso que entrei em transe, parei total naquele homem, cmo podia um ser de carne e osso e músculos me fascinar tanto, ao mesmo tempo que eu tentava me desligar daquele, daquilo tudo, eu me envolvia mais e mais e mais... Eu tava precisando de um tempo, como esquecer uma pessoa que vira e mexe eu encontro na praia, na barraca, na turma que eu estava no meio, na pracinha, no mercado, passando na rua sozinho ou com a "namorada perfeita", até eu tava querendo mudar. Voltando a cena, Dudu me entregou as sandálias e pediu desculpas se me fez sentir mal, ele se explicou dizendo que tinha ficado na praia comigo porque todos os meninos falavam que eu era muito legal, que era uma ótima pessoa pra ser "amiga", e pensou que ele também poderia ser meu "amigo", aquilo doeu mais do que se ele tivesse dito que só quis tirar uma onda com a minha cara, depois de se desculpar saiu arrastando os pés no chão, tão tristinho, pra baixo mesmo, com uma carinha de dar pena, logo eu que morro de amores por ele, vê-lo naquela trip era muito ruim, no momento em que faltava o chão pra ele, eu caia no mesmo buraco. Sabia o que fazer, só dependia de mim...










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