motivação.

motivação.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Quando temos certeza de nossos sentimentos? Nada é igual, as coisas acontecem de uma maneira diferente a cada momento, uma hora sentimos a felicidade plena, outra a tristeza sem fim, por mais que tentem nos ajudar a melhorar o "ânimo", somente nós mesmos podemos mudar essa situação, amigos são fundamentais nessas horas, seguram nossa mão, enxugam nossas lágrimas, amigos ou irmãos, estão sempre ao nosso dispor quando precisamos.


VI

O dia amanheceu, acordei com um ânimo novo, uma aura rejuvenescida, peguei o telefone e liguei para minha amiga Beatriz, ou Bia como todos chamam, fofocamos muito, por um bom tempo, antes da viagem, tinhamos combinado de irmos todas juntas, eu, ela e Rebecca, nossa outra amiga; mas alguns contratempos desfizeram nosso combinado e eu acabei indo antes, ainda faltavam duas semanas para elas irem, mas eu convenci minhas amigas de irem antes, também contei o que tinha acontecido, e para evitar que eu contraisse uma cirrose, elas resolveram adiantar a viagem para daqui a dois dias. Levantei da cama bem feliz, após ter conversado com Bia, foi como se tivesse dimunuido o peso que eu estava carregando, desci e resolvi tomar café numa barraquinha na praia. Sentei numa mesa, a mais próxima do mar, as ondas vinham forte, a maresia deixava um gostinho salgado na boca, pedi um coco, o garçon era um jovenzinho, se chamava Henrique, tocava na banda do Dudu, me reconheceu, conversamos um pouco, perguntei por Ricardo, meu grande amigo, fiquei sabendo de algo meio que desagradável, rique me contou que Eduardo tinha viajado com a namorada, para um casamento de uma tia dela, este foi por enorme insistência de Bárbara. Me senti meio estranha por saber que o namoro tava indo de vento em poupa, para meu espanto Henrique disse: " Acho que esse namoro não demora muito, ele ta meio chateado com ela, depois que você o beijou a Bárbara ta mais ciumenta, controladora, acho que ele não aguenta muito tempo não, ele é como um passarinho, não gosta de gaiola não, e outra ela num é mulher pra ele, é uma gata, mas o tipo dele é outro, assim como você"; Caraca, fiquei tão feliz que deixei o coco cair no meu pé, mas nem senti doer nem nada, so depois o roxo, mas tudo bem, aquilo que o rique falou me deixou tão animada que resolvi entrar no mar, quando sai encontrei ricardinho com outro amigo, um tal de Danilo, a princípio me pareceu muito chatinho, meio dificil, mas depois se soltou, ganhei mais uns amigos, quando percebi estavamos: eu, Ricardo, Henrique e Danilo, no maior papo! Depois do almoço fui convidada para ser espectadora do ensaio da banda dos meninos, fui super animada, pena que o dudu não estava, mas se ele estivesse acho que talvez eu não iria, mas não sei, meus sentimentos estavam embaralhados na minha cabeça, o namoro dele em crise me animou muito, mas me senti culpada por me sentir feliz com isso, mas era inevitável, estava quase anoitecendo, o ensaio estava mais para bagunça que outra coisa, derrepente uma voz conhecida, quando vejo Eduardo aparece, sozinho, os meninos fazem aquela bagunça, eu lá meio deslocada, ele nem tinha me visto ainda até Henrique gritar meu nome me deixando totalmente constrangida, dudu vem falar comigo, meio sem jeito também, me dá dois beijinhos, um de cada lado do rosto, nossa se ele soubesse o que eu senti, como ele é cheiroso, pelo amor de Deus, quase que agarro ele alí, a força na frente de todos, lindo, charmoso e cheiroso, como pode? Acabou o ensaio me despedi de todos e sai caminhando pela praia, quando vejo alguém me segue, olho pro lado, cabeça baixa, ombros largos, rostinho bronzeado, nariz empinado, aquela boca, os lábios rosados, pronto, tremi nas bases, chegou bem pertinho e ainda de cabeça baixa, caminhou do meu lado, eu sem conseguir pensar direito so me pertubava a presença dele, "Que diabos ele queria ali comigo? Me pertubar mais ainda?" Parei e respirei fundo, resolvi perguntar o que ele queria, a resposta foi franca e forte: " Vim te acompanhar não posso?", por essa não esperava, mas tudo bem, claro que podia, mas pra cortar logo assunto, ele tinha que sair do meu lado senão eu não iria aguentar a tentação era muito grande, o imã humano ali ao alcance dos meus lábios, disse que não ia mais caminhar, me sentei e disse que iria ficar um pouco alí, pra meu total desespero ele disse que ficaria alí comigo, "tô precisando mesmo conversar com o mar". Ficamos nós dois alí sentados na areia, a lua cheia, clareando tudo, as ondas do mar como música de fundo, a luz do luar iluminando os cabelos negros dele, o vento bagunçando, fazia redemoinhos na areia, assanhava nossos cabelos, fui me ajeitar e minha mão enconstou na dele, tirei rapidamente, meu corpo inteiro estava em chamas, a atração era forte demais, que droga, era uma tortura, como ele podia fazer aquilo? Do jeito que tava não dava pra ficar, e a iniciativa de mudar aquela situação tinha que ser minha...







domingo, 14 de dezembro de 2008

As vezes fico mesmo pensando, olhando pro nada, tentando entender as coisas que na minha humilde ignorancia ainda não aprendi a compreender! Por que? São tanta dúvidas, perguntas que sei lá quem poderia saber a resposta, tudo tão complicado, temos vontade de jogar tudo pro alto, chegamos nesse momento no limite do humano e animal, gritar, pular, bater, chorar, ninguém sabe como reagir as diversas situações que somos submetidos. Mas essa é a resposta para nossos problemas, buscar no limite das forças, no restinho de razão, na dor mais forte do nosso coração, pegar todos os contras e misturar, adicionar a essa receita um pouco de esperança, uma pitada de razão, um punhado de fé e muita mais muita força de vontade de chegar, meter os peitos e mudar, fazer diferente, infrentar nossos medos e anseios, sem hesitar, ter coragem de seguir nosso coração, porque por mais que ele diga bobagens, e se deixe enganar, nosso coração é a voz mais forte e sincera, ele nunca pensa em nos machucar, devemos ouvi-lo mais, deixe-se entregar as suas próprias vontades...
V
Sentar e ficar pensando na vida estava virando uma rotina pra mim, como podia ser tão covarde? Já sabia o que queria, e o que devia fazer, mas fiz o contrário, minha cabeça travava duras batalhas com meu coração, que já estava machucado, dolorido, ferido. Sempre me via forte e cheia da verdade, segura, intensa, mas agora? Onde andava minha segurança, minha verdade, minha força? Me deixei abater, abaixei a guarda e deixei o inimigo entrar, agora sim estava entendendo o que passava comigo, aquele aperto no peito, a solidão, tudo era porque tinha juntado Eduardo e Bárbara, entreguei ele de bandeja, e agora estava alí, sentada, fazendo buracos na areia com os pés e tendo uma "D R" comigo mesma. Já chega, me levantei e fui...encher a cara, fui mesmo, não tinha coragem de chegar e atrapalhar o xamego do casal que se abraçava e davam cada beijo, que eu desejava tanto, aquela boca, tão rosada, parecia um morango, o imã humano outra vez, a atração, aquela boca me chamava, e não era paranóia; estava deitada sobre a mesa, flashbacks vinham na minha cabeça, me perturbando, aquele dia em cima da pia do banheiro, aquela voz me chamando, as caipirinhas, os braços fortes, a falta de equiibrio, a pegada, os lábios rosados, a voz me chamando, aquele olhar, o toque de peles, o calor do beijo, os cinco segundos, o empurrão, a voz que me chamava, não aguentava mais, tinha algo na minha bebida? Nunca bebi rum, inventei de provar, a mesa vazia me fez tomar mais um, e outro e cinco, e a voz me chamando, "que diabos", pára, me deixa em paz, sussurava, não queria falar com ninguém, a mão que tocava meu ombro, levantei a cabeça com toda força, e a voz que escutava não era sonho, era do Ricardo que me chamava porque o bar estava fechando, coitado, lá vai minha falta de "jeito" com as coisas, lasquei a cabeça no nariz dele, sangrava e muito, o ajudaram, ele que vinha me ajudar a ir pra casa, estava com o nariz quebrado e por culpa minha, que desastre. No caminho subindo a rua que chegava na pousada, fui me desculpando com Ricardo, ja tava mais lúcida, me deram um café forte quando tentavam estancar o sangue do nariz do meu amigo; ele me falou algo que não acreditei, me disse que eu devia disfarçar, que dava na cara, como assim? Ele explicou, disse que sabia que sentimentos eu nutria por Eduardo, aquilo me pegou em cheio, fiquei sem palavras, nem negar consegui, nunca tinha escutado de outra pessoa, era como se me dessem uma porrada de realidade, paramos, ele parou de falar, ficamos sentados num banquinho da praça que ficava em frente a pousada. Derrepente, não sei como, nem de onde, falei, disse tudo, abri meu coração: É verdade, não sei se o que ele sente por mim, ou melhor sei, amizade, mas o que sinto não esta claro ainda, mas é algo forte, lindo, fiz o que fiz para vê-lo feliz, mesmo que isso significasse meu total desespero e drama sentimental, não aguentaria mais nem um dia vendo aquele sorrisão apagado, aquela alegria abalada, era demais pra mim, era meu dever desfazer o mal feito, aliás, eu tive culpa, beijei ele sem ser correspondida na vontade, fui afoita e infantil, pensei que ainda era uma adolescente que podia fazer tudo e mais um pouco, não pensei nas consequências muito menos nos sentimentos dele, fui egoista e acabei fazendo burrada, como tudo que faço sai errado ou mal feito, sou desastrada, desajeitada, um atentado contra minha vida e hoje percebi que atento contra a vida dos outros também, já chega, o que era pra ser uns dias de férias e tranquilidade tá virando uma perseguição, uma tragédia, ta tirando meu sossego mais ainda, vou embora, o mais rápido possível. Com essa ele não esperava, ricardinho tomou um susto e exclamou aquele tão usado nos momentos de suspense: "O que? Tá doida?", vai estragar tuas férias nesse paraíso por causa do Dudu? Fala sério, você só vai quando tiver que ir e sei que isso não é agora, vai quebrar muitas coisas ainda aqui em Niterói, so se afastar do meu nariz que fica tudo bem. Impossível não adorar aquele Ricardo, pensei que tava falando com um irmão, alta sintonia nos ligava, me senti tão a vontade, me disse o que precisava ouvir, não ia desistir fácil assim, muito menos ia embora daquele paraíso, se fosse mudar algo, era pra melhor e já tinha alguma coisa em mente, pra falar a verdade duas coisas brancas e tagarelas: Bia e Rebecca...

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008




Hoje passei o dia refletindo, pensei em mim, na vida, no tempo, nos sonhos, na realidade, vi que a vida é bela. Digo que tudo podemos dar um jeito, como dizem "o que tem que ser será", não adianta ser teimosa, cabeça dura, bater o pé não resolve nada, nada de que "se não for por bem, vai por mal", assim não serve, nada a força é bom. Tudo a seu tempo, não nascemos sabendo todas as coisas da vida, "errar é humano", o que não vale é persistir nos erros, até porque não teria graça se tudo sempre desse certo, quando algo não vai bem, chegou o momento de mudar, fazer diferente, fazer com gosto, do jeito certo! Comigo nem sempre tudo dava certo, por muitas vezes dava tudo errado, mas nunca deisiti do que eu queria, mas sempre pensei bem se estava querendo a coisa certa, nunca fui atrás do que não me queria, assim aconselho meus queridos, sempre fiz o que meu coração e minha cabeça queriam quando entravam em consenso.


IV


Não sabia o que iria acontecer, me sentia tão culpada, me martirizei por não ter contido um impulso, acabara de conhecer um "cara" e já tava beijando ele, ainda pior, sabendo que esse "cara" tinha namorada, o pior que pra mim ele não era só um "cara", e sim "o cara". Não tinha me dado conta que aquele Eduardo não era só mais um na minha vida, passou por minha cabeça que talvez fosse só mais uma paquera de férias, aquele cenário, uma praia linda, sol, mar, areia, a pousada, porque como minha prima tinha ido de volta pra cidade, não quis ficar sozinha naquela casa, fui então para uma pousada, até porque ficava mais perto da praia, e mais perto da praia estaria mais perto dele. Me questionei algumas vezes por ter essa necessidade de estar sempre por perto, não sabia ainda o sentimento que nutri apor Eduardo. Havia passado apenas uma semana em Niterói, ainda tinha um mês pela frente, tudo era tão maravilhoso, já tinha tantas histórias pra contar, não pensava no dia em que eu teria de me despedir daquele paraíso tropical, tudo estava tão bom, que esquecí da minha vidinha "real", até me repreendia quando pensava em voltar, tinha na cabeça que eu estava alí, e tinha que aproveitar o máximo, o que deveria fazer já sabia, fui a causadora de uma tristeza visível para uma pessoa que me era muito estimada, estava decidida em reparar meu erro, e daquele dia não passaria. Estava anoitecendo, sentia que chegava a "hora", primeiro de tudo, onde iria encontrar a namorada, ou melhor ex-namorada de Eduardo? Precisava de álguém que soubesse me informar, procurei então Ricardo, ele quem me contou a novidade do dia, então ele ia me ajudar a desfazer aquela burrada. Pelo visto o destino estava me ajudando, ao entrar no bar onde tudo tinha acontecido, encontro de cara ricardinho, mas ao lado dele estava Eduardo, com ele alí ia ficar difíicil me aproximar, não tinha "jeito" de chegar perto dele, me sentia envergonhada, primeiro tinha que fazer o que tinha planejado, depois falaria com o Dudu, ou não. Assim que vi ricardinho passeando sozinho no bar, fui de mansinho e puxei ele, levei para um lugar possível de ter uma conversa e abri o jogo, disse tudo que tinha planejado, ele parecia ser meio "lesadinho", mas era gente boa, e me ajudou muito. Ela se chamava Bárbara, era loira, cabelos longos, curvas bem feitas, rostinho de boneca, uma princesinnha, realmente percebi que não tinha como competir com ela, eu era morena, cabelos escuros, curto, curvas...estava de férias, não dá pra pensar em dieta numa hora dessas, na verdade eu era muuuuito diferente dela, porque me senti tão fracassada quando conheci a ex do Eduardo? Não queria nada sério com ele, porque pensava tanto nele? Já tava me sentido estranha, nunca fui assim com homem nenhum, mas ele era diferente e... Resolvi parar de pensar e partir pra ação, fiquei rondando a garota, derrepente vi que conhecia um homem que estava com a moça, quando ele se afastou acho que para pegar uma bebida, cheguei puxando assunto, mal lembrava quem era o cara, mas valia tudo pra ser apresentada pra garota. Tudo estava dando certo, estava conversando com todos na roda, ja tava destraida, as pessoas eram agradáveis, quando vi um momento oportuno, chamei Bárbara e fui direta e sem rodeios, disse que eu era a mulher que tinha beijado o namorado dela e contei toda a história, relatei que estava tomada pelas várias caipirinhas que tomei e que Eduardo era inocente e que a amava muito, ela relutou, estava magoada com ele e com razão, mas fui firme e só a deixei sair quando entendesse que ele era inocente, nesse momento a banda dele se apresentava, Bárbara concentiu e aceitou que tinha sido injusta e que ainda amava o Dudu, e que estava disposta a conversa com ele. Para meu desespero, havia uma gigantesca possibilidade de voltarem, me sentia feliz por ele e triste por mim, muito triste, tanto que nem fiquei mais no bar, quando vi que o casal estava se entendendo novamente, me bateu uma coisa difícil de explicar, fui então pra terapia natural, que sempre me ajudava, caminhar na areia da praia, molhando os pés na água do mar, procurei um lugar e me sentei, fiquei pensando na vida...


quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

As vezes me pego pensando em você, é, você mesmo! Esse seu jeitinho de moleque, essa carinha de anjo que da vontade de pegar e botar no colo, quem não te conhece que te compre, eu sei bem quem é você. Um lobo na pele de um cordeiro, no bom sentido, porque sei que seu coração é puro, gigantesco, IMENSO, cheio de bondade, alegria, só boas energias! Seu agir quando chega em casa, cansadão, faz aquela carinha de carência, me ofereço pra fazer uma massagem, você toma banho e vem todo manhoso, as cachorras pulando em cima da cama, a alegria que invade meu ser quando estou contigo é única, só me sinto forte, feliz, bem, ao seu lado, contigo sou segura, me encho de certeza, a certeza que "te amo", não te amo como uma mãe ama um filho, um amigo ama uma amiga, mas aquele amor, que uma mulher sente por um homem, sem questionar, sem mudar nada, sem brigas, só amor, só desejo, só paixão! Sei que o que sinto não é só mais um sentimento no meu coração, veio sem querer, sem pensar, sem perceber fui assim, te amanado, cada coisinha que sabia mais de ti, mais me apaixonava e me apaixono, hoje eu "amo você" com toda força do meu coração, sem pensar no passado ou no futuro, te amo agora, te amo sempre, "te amo porque te amo".

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Quando pensamos estar certos de algo, sem querer estamos comentendo uma injustiça conosco mesmo, damos tanta importancia para detalhes que esquecemos de aproveitar e saborear o que realmente importa, a essência do nosso ser, do momento, da companhia. Devemos olhar ao redor e aproveitar cada objeto que compõem a paisagem do nosso dia a dia, cada gota de água que cai na chuva, para gente não tem o menor valor, mas com uma gota, flores desabrocham e enfeitam um jardim pálido, dando cor e sabor a coisa mais imperceptível por alguns e motivo de orgulho de outros!

III

Por cinco segundos subi ao céu, ouvi os tão falados "sininhos" batendo, meu coração bateu forte, minhas pernas ficaram mais bambas do que se eu tivesse tomado vinte caipirinhas; como podia existir algo tão sincronizado e perfeito, como nosso beijo, a boca do Eduardo parecia ser coberta de mel, não conseguia parar de pensar naquele beijo e no que ele me causara. Mas como diz o velho ditado: tudo que é bom dura pouco, e sem perceber, contrariando a vontade do corpo dele, fui empurrada, nossos lábios separaram-se, quase derramo uma lágrima, como passe de mágica os sintomas da bebedeira tinham passado, conseguia me equilibrar e sem entender nada, ele disse que não tava certo, que não podia, que eu não repetisse aquele ato novamente. Como tinha esquecido que ele era comprometido, sai pensando que ele tinha me rejeitado, eu me vi completamente excluída do mundinho dele, será que nos veríamos de novo? Eu queria ver o cara que me levou ao céu e ao inferno em cinco segundos? Me sentia o pior dos seres humanos, como aquilo tinha me abalado tanto, sai sem falar com a Naty e fui caminhar na praia. Entre uma topada e outra me deu vontade de entrar no mar, coisa que só passa em cabeça de bêbado, plena duas da madrugada tomar banho no mar, pior que entrei, mergulhei, esfriei a cabeça, sai sentei na areia e sem contrariar o futuro de uma bebedeira, dormi. No outro dia acordei com uam dro de cabeça insuportável, pior que essa só um porre com vinho, estava em casa, de pijama, olhei pros lados, procurei a Natália e fui até a cozinha, lá estava Natália com algumas amigas; todos me olhavam com cara de pena, não estava entendendo nada, resolvi perguntar. Quando me situei do papelão que tinha sido protagonista comi algo, troquei de roupa e fui na praia tentar desfazer a burrada que tinha feito. Procurei Eduardo por todos os lados, até entrei no banheiro masculino pra ter noção! Como um homem daquele tamanho some no ar? Surfista não vive no mar? Onde estaria ele? Sentei na areia pensando na vida, derrepente sentí uma baforada no ouvido, era um cão enorme, lindo, segurava na boca um disco de brinquedo, daqueles que jogam para os cachorros pegarem no ar; acariciei aquela belezura, enquanto "perguntava" a cachorra como se chamava e o que fazia na praia, uma voz conhecida me falava de longe se aproximando: Ela se chama Tuca, adora correr na praia. Ele veio e se sentou ao meu lado, me senti como uma adolescente prestes a levar uma bronca dos pais, não falei nada, nem ele, ficamos os dois olhando pro mar, só a Tuca estava reagindo, corria d eum lado para o outro com o disco na boca, chegava a ser ilário. Resolvi começar, me desculpei por tê-lo beijado, tentei dizer que foi um impulso de uma bêbada tarada, ele sorriu e disse que eu não me desculpasse, não tinha sido nenhum sacrifício; quando ouvi isso me assustei, não esperava esse comentário, confesso que me deu até uma certa alegria. Ele se levantou, nem se despediu, chamou a cachorra que pulava em cima de mim e foi embora. Não sei, mas ele parecia meio chateado, fiquei olhando ele ir, estava de bermudão, descalço, ombros largos, cabelos pretos assanhavam-se com o vento, que cena linda, nunca esqueci, até porque virou uma rotina, ele sair e me deixar falando sozinha, a partir desse dia tive certeza que passaria uns dias a mais naquela cidade maravilhosa. Fui tomar o famoso açai de Itacoatiara, sentei numa barraquinha que vendia a iguaria, um surfista loiro e forte sentou-se comigo, seu nome era Ricardo, era amigo do Eduardo, tinha grande vontade de me conhecer. Quando o questinei o motivo de tanto interesse em me conhecer, ele soltou sem querer que o Eduardo, ou "Dudu" como ele o chamava, falava em mim, fiquei surpresa com tal revelação, Ricardo era um dos melhores amigos de Eduardo, falouq eu ele não parecia estar mal, e sim estava chateado, pois seu namoro andava meio em risco. " Esse namoro esta com os dias contados, a Manuela é muito controladora, ciumenta, parece uma fera quando alguma mulher chega perto dele, isso sufocou o amigo, chegou a um ponto que ficou insustentável, ainda mais quando ele contou pra ela do beijo de vocês, a mina surtou. Eu não podia acreditar, ele realmente amava muito a namorada, até contou que eu o beijei, que namorado contaria tal coisa pra namorada? Tem que ter muito amor. Na hora parei tudo e fiz o "ricardinho" repertir o que acabara de dizer, não podia acreditar, o namoro do Eduardo estava acabado por minha culpa, estava magoando quem mais me importava naquele momento, não podia deixar aquilo acontecer, tinha que fazer algo...


sábado, 6 de dezembro de 2008


A vida nos proporciona tantos momentos, sabemos como aproveita-los? Será que merecemos tudo que temos? Sera que sabemos o que queremos ter? O futuro a Deus pertence, aquele que se diz estar satisfeito com o agora é porque não sabe nada, nunca estamos totalmente saciados, o igual não existe, tudo se diferencia, num segundo, num minuto, em alguns anos, não importa, não sabemos como será o amanhã, devemos aproveitar o hoje, o agora, sem medo de se arrepender!
II
Fiquei pensativa, aquele homem superficialmente belo, como seria o interior dele? Estaria interessada em descobrir? Seria meu destino descobrir? Uma vez li num livro que " cada dia Deus nos dá um momento para mudarmos tudo que nos faz mal ou que não achamos que esteja certo", eu deveria ir no tal show da banda dele? E se ele fosse so mais um surfista que toca numa banda, viver em pegar ondas e tocar numa banda, que futuro tem nisso? Por um momento me senti preconceituosa, ele podia estar fazendo o que ele gosta, e quem sou eu pra julgar?! Que seja oq ue Deus quiser, estando certa ou errada, me arrumei, chamei minhas amigas e fomos ao tal bar assistir o show. Chegando lá estava lotado, pessoas de tudo quanto era jeito e estilo, tamanho, formas variadas, pra tudo quanto era gosto. Uma amiga que morava naquela cidade, nos apresentou alguns amigos, pessoas muito interessantes, cada vez me surpreendia mais com aqui lo tudo que estava vivendo.
Desde o dia em que cheguei a Niterói, tudo era tão diferente da minha vidinha pacata em Fortaleza, quando saia para a clínica, ja sabia decorada minha rotina, nos finais de semana beber num barzinho até as 1 da manhã e voltar pra casa meio "tontinha", trocar de roupa, e durmir, no domingo de manhã caminhar na praia, a noite dar uma passada na casa da minha familia, ir pra missa das 6 na igrejinha do bairro e voltar pra casa, assistir o filme que ta passando e durmir com uma panela de pipoca no colo. Aquele mix de acontecimentos e novidades, por mais simples que fossem me deixanvam anciosa, com um novo gás, realmente estava precisando de férias, e Itacoatiara em Niterói foi a melhor escolha, não sabia nem como agradecer o convite da Natália (prima distante) de passar as férias na casa de praia dela. Os rapazes eram interessantes, tinham um papo legal, muito atraentes, mas não tinha ido aquele bar para encontrar com eles,e sim com o surfista da praia, até porque ele foi quem me convidou, e por incrível, ainda não tinhamos nos apresentados, eu sonhava com ele e nem sabia seu nome.
Já estava na quarta caipirinha quando o avistei, estava com os amigos, se preparando pra subir ao palco e se apresentar com a banda, me faltou coragem de chegar nele, deixei pra falar quando terminasse o show. Não entendia muito de bateria, mas ele tocava muito bem, fazia até umas gracinhas com aqueles "pausinhos", sempre com um sorrisão no rosto, lindo, lindo, não conseguia parar de olhar pra ele, os rapazes que sentavam com a gente na mesa até brincaram, disseram que eu tava precisando de um babador, realmente estava mesmo. Quando a banda acabou, corri pro banheiro, fui retocar a maquiagem, estava com medo de aparecer desarrumada na frente dele, tolice? Num sei, mas me sentia como se algo estivesse me atraiando para aquele homem, seria ele um imã humano?
Quando o avistei sozinho fui me aproximando, esperava que ele me reconhecesse, tentei jogar um charme, talvez andar com elegância, rebolar, mas pelo contrário, por efeito da quinta caipirinha me desequilibrei e derrubei o copo no chão, molhando todo meu pé de bebida, achei aquela cena patética; ele me viu e se aproximou sorrindo, mais uma vez tinha certeza de que eu era um desastre ambulante, e era assim mesmo que eu me sentia naquela noite. Me ajudou a encontrar o equilíbrio, fomos até o banheiro ele pegou um lenço, molhou na água e limpou meu pé, eu sentada na pia e ele agaxado limpando meu pé, era esse o reencontro que eu tinha planejado? Ele se levantou e perguntou meu nome, achou graça por ainda não saber meu nome e nem eu saber o dele. Eduardo, era assim que se chamava aquele homem incrível, de sem futuro, ele passou a ser uma pessoa incrível pra mim, como acontecera aquilo? Não fazia a mínima idéia, tudo na minha cabeça estava desorganizado, eu me sentia esrtanha, o mundo rodando, minha cabeça a mil, isso é o que dá beber além do limite, mas ainda não estava bêbada, só sem equilíbrio e me sentindo capaz de fazer tudo o que se passava pela minha mente. Eduardo olhou pra mim e perguntou com quem eu tinha ido pro show, ele disse que eu tinha passado do limite nas caipirinhas, teve a certeza quando eu disse que havia tomado cinco, ou foram sete?
Ele me puxou de cima da pia, como estava tonta, me desequilibrei e senti os braços fortes me segurando, aquela pegada, aquela segurança que ele me passava, um impulso explodia dentro de mim, me joguei contra o corpo dele que se encostava na parede, me aproximei bruscamente e tasquei um beijo, mas não um beijo qualquer, foi um inesquecível, "encaixou" direitinho, estavamos na mesma sintonia, o movimento das línguas, as mãos dele me puxavam pra mais perto, mais um pouco nos tornaríamos um só...

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008


Passei alguns dias pensando, refletindo sobre minha vida, meus acertos, meus erros, minhas ilusões, meus sonhos, meus delírios, até posso dizer minhas fantasias mirabolantes. Dentre esses momentos de reflexão, me peguei relembrando um dia, talvez mais um dia comum, ou posso dizer também, mais um dia igual, porém, para mim esse dia ficou marcado, até hoje não esqueço!
I
Era verão, eu estava de férias, pra mim era um dia especial, não era sempre que visitava uma praia como aquela, o sol estava diferente, o mar, a areia, eu me sentia um pouco estranha. Acabava de chegar e fui de cara mergulhar na água que me chamava, sai um pouco, tomei um sol, adormeci, quando acordei, ao abrir os olhos tive a certeza que esta praia não seria mais uma na minha vida. Para ele era só mais um dia na praia, caminhar, surfar, tomar uma água de côco e voltar pra casa, tinha muito trabalho. Como num transe hipnótico, me levantei da areia, andei em direção ao mar, olhos vidrados no surfista que se equilibrava perfeitamenete no pranchão, entrei no mar, mergulhei fundo, olhos em direção no surfista, quando dei por mim, estava afundando, me faltava o chão.
Uma pancada forte me deixou desacordada, me desliguei do mundo por alguns minutos, quando despertei estava rodeada por pessoas estranhas, minhas amigas seguravam minha mão, nervosas e chorando muito, a areia da praia sujava todo meu corpo, na minha frente aquele olhar: rosto moreno, queimado do sol, nariz afilado e empinado, corpo malhado, não torado, apenas definido, ombros largos, braços fortes; aqueles olhos negros me penetravam como se na praia so existissemos eu e ele. Passado o susto, nos apresentamos, eu mal conseguia pensar, não pela pancada na cabeça, o galo na minha cabeça ainda me fazia parecer enferma, mas o que me perturbava era aquele homem, nunca vi igual, era delicado nos trejeitos, o sutaque era um charme a parte, o sorriso, so de lembrar me arrupia o corpo, o sorriso era uma visão celestial, dentes brancos e perfeitamente alinhados, conseguia ser simpa´tico até naquela situação constrangedora e ridícula; acabara de atropelar com a prancha uma louca que não sabia nadar e se tacou no mar sem pensar nas consequencias.
Eu não conseguia me controlar, olhava descaradamente o homem só de bermuda, segurando a prancha com uma mão e com a outra pegava a blusa e as havaianas na areia, virou pra mim, se desculpou mais uma vez, e se despediu, saindo de vez da minha vida. Suspirei fundo e por alguns minutos me conformei com a situação: tinha acabado de encontrar o homem da minha vida e como encontrei, perdi esse sonho realizado em forma de gente, como diz a velha frase "vem fácil, vai fácil". Sai correndo feito louca atrás dele, cheguei a topar e cortar o dedo mindinho do pé, até hoje tem a cicatriz, e segurei o braço forte do surfista, ele virou assustado e quis saber oq eu eu mais uma vez queria com ele, por incrível que pareça não consegui dizer nada, a dor do meu dedo era tamanha que havia uma poça de sangue debaixo do meu pé. Ele sorriu e soltou: " Nossa num faz nem 20 minutos que quase se afogou, ja ta machucada de novo? Você própria atenta contra sua vida." Na hora não entendi a graça naquele comentário infeliz, mas vindo dele aceitei como um "elogio", ele me levou ao ambulatório, depois de mais um curativo, o outro estava no galo na minha testa, sentamos tomamos um côco e conversamos, inacreditável, mas dessa vez consegui falar.
Falamos de tudo, férias, praia, surf, horário, profissões; descobri que meu surfista era baterista de uma banda muito famosa, e eu, uma veterinária recém formada, de férias em Niterói. Conversamos sobre seus dois cachorros, o assédio dos fãs, cirurgias, partos difíceis, canil, pulgas, música, bares, casas, e me dei conta que o dia passara e já eram 4 da tarde, ele estava com pressa, tinha que ir ensaiar com a banda, seu celular tinha tocado umas 10 vezes, era a namorada. Nos despedimos, ele sacou da carteira um cartão dobrado ao meio, me deu e sugeriu que eu e minhas amigas fossemos assistir ao show da banda dele numa casa de eventos perto dalí, eu aceitei o cartão mas não dei certeza...