motivação.

motivação.

domingo, 14 de dezembro de 2008

As vezes fico mesmo pensando, olhando pro nada, tentando entender as coisas que na minha humilde ignorancia ainda não aprendi a compreender! Por que? São tanta dúvidas, perguntas que sei lá quem poderia saber a resposta, tudo tão complicado, temos vontade de jogar tudo pro alto, chegamos nesse momento no limite do humano e animal, gritar, pular, bater, chorar, ninguém sabe como reagir as diversas situações que somos submetidos. Mas essa é a resposta para nossos problemas, buscar no limite das forças, no restinho de razão, na dor mais forte do nosso coração, pegar todos os contras e misturar, adicionar a essa receita um pouco de esperança, uma pitada de razão, um punhado de fé e muita mais muita força de vontade de chegar, meter os peitos e mudar, fazer diferente, infrentar nossos medos e anseios, sem hesitar, ter coragem de seguir nosso coração, porque por mais que ele diga bobagens, e se deixe enganar, nosso coração é a voz mais forte e sincera, ele nunca pensa em nos machucar, devemos ouvi-lo mais, deixe-se entregar as suas próprias vontades...
V
Sentar e ficar pensando na vida estava virando uma rotina pra mim, como podia ser tão covarde? Já sabia o que queria, e o que devia fazer, mas fiz o contrário, minha cabeça travava duras batalhas com meu coração, que já estava machucado, dolorido, ferido. Sempre me via forte e cheia da verdade, segura, intensa, mas agora? Onde andava minha segurança, minha verdade, minha força? Me deixei abater, abaixei a guarda e deixei o inimigo entrar, agora sim estava entendendo o que passava comigo, aquele aperto no peito, a solidão, tudo era porque tinha juntado Eduardo e Bárbara, entreguei ele de bandeja, e agora estava alí, sentada, fazendo buracos na areia com os pés e tendo uma "D R" comigo mesma. Já chega, me levantei e fui...encher a cara, fui mesmo, não tinha coragem de chegar e atrapalhar o xamego do casal que se abraçava e davam cada beijo, que eu desejava tanto, aquela boca, tão rosada, parecia um morango, o imã humano outra vez, a atração, aquela boca me chamava, e não era paranóia; estava deitada sobre a mesa, flashbacks vinham na minha cabeça, me perturbando, aquele dia em cima da pia do banheiro, aquela voz me chamando, as caipirinhas, os braços fortes, a falta de equiibrio, a pegada, os lábios rosados, a voz me chamando, aquele olhar, o toque de peles, o calor do beijo, os cinco segundos, o empurrão, a voz que me chamava, não aguentava mais, tinha algo na minha bebida? Nunca bebi rum, inventei de provar, a mesa vazia me fez tomar mais um, e outro e cinco, e a voz me chamando, "que diabos", pára, me deixa em paz, sussurava, não queria falar com ninguém, a mão que tocava meu ombro, levantei a cabeça com toda força, e a voz que escutava não era sonho, era do Ricardo que me chamava porque o bar estava fechando, coitado, lá vai minha falta de "jeito" com as coisas, lasquei a cabeça no nariz dele, sangrava e muito, o ajudaram, ele que vinha me ajudar a ir pra casa, estava com o nariz quebrado e por culpa minha, que desastre. No caminho subindo a rua que chegava na pousada, fui me desculpando com Ricardo, ja tava mais lúcida, me deram um café forte quando tentavam estancar o sangue do nariz do meu amigo; ele me falou algo que não acreditei, me disse que eu devia disfarçar, que dava na cara, como assim? Ele explicou, disse que sabia que sentimentos eu nutria por Eduardo, aquilo me pegou em cheio, fiquei sem palavras, nem negar consegui, nunca tinha escutado de outra pessoa, era como se me dessem uma porrada de realidade, paramos, ele parou de falar, ficamos sentados num banquinho da praça que ficava em frente a pousada. Derrepente, não sei como, nem de onde, falei, disse tudo, abri meu coração: É verdade, não sei se o que ele sente por mim, ou melhor sei, amizade, mas o que sinto não esta claro ainda, mas é algo forte, lindo, fiz o que fiz para vê-lo feliz, mesmo que isso significasse meu total desespero e drama sentimental, não aguentaria mais nem um dia vendo aquele sorrisão apagado, aquela alegria abalada, era demais pra mim, era meu dever desfazer o mal feito, aliás, eu tive culpa, beijei ele sem ser correspondida na vontade, fui afoita e infantil, pensei que ainda era uma adolescente que podia fazer tudo e mais um pouco, não pensei nas consequências muito menos nos sentimentos dele, fui egoista e acabei fazendo burrada, como tudo que faço sai errado ou mal feito, sou desastrada, desajeitada, um atentado contra minha vida e hoje percebi que atento contra a vida dos outros também, já chega, o que era pra ser uns dias de férias e tranquilidade tá virando uma perseguição, uma tragédia, ta tirando meu sossego mais ainda, vou embora, o mais rápido possível. Com essa ele não esperava, ricardinho tomou um susto e exclamou aquele tão usado nos momentos de suspense: "O que? Tá doida?", vai estragar tuas férias nesse paraíso por causa do Dudu? Fala sério, você só vai quando tiver que ir e sei que isso não é agora, vai quebrar muitas coisas ainda aqui em Niterói, so se afastar do meu nariz que fica tudo bem. Impossível não adorar aquele Ricardo, pensei que tava falando com um irmão, alta sintonia nos ligava, me senti tão a vontade, me disse o que precisava ouvir, não ia desistir fácil assim, muito menos ia embora daquele paraíso, se fosse mudar algo, era pra melhor e já tinha alguma coisa em mente, pra falar a verdade duas coisas brancas e tagarelas: Bia e Rebecca...

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