motivação.

motivação.

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Quando pensamos estar certos de algo, sem querer estamos comentendo uma injustiça conosco mesmo, damos tanta importancia para detalhes que esquecemos de aproveitar e saborear o que realmente importa, a essência do nosso ser, do momento, da companhia. Devemos olhar ao redor e aproveitar cada objeto que compõem a paisagem do nosso dia a dia, cada gota de água que cai na chuva, para gente não tem o menor valor, mas com uma gota, flores desabrocham e enfeitam um jardim pálido, dando cor e sabor a coisa mais imperceptível por alguns e motivo de orgulho de outros!

III

Por cinco segundos subi ao céu, ouvi os tão falados "sininhos" batendo, meu coração bateu forte, minhas pernas ficaram mais bambas do que se eu tivesse tomado vinte caipirinhas; como podia existir algo tão sincronizado e perfeito, como nosso beijo, a boca do Eduardo parecia ser coberta de mel, não conseguia parar de pensar naquele beijo e no que ele me causara. Mas como diz o velho ditado: tudo que é bom dura pouco, e sem perceber, contrariando a vontade do corpo dele, fui empurrada, nossos lábios separaram-se, quase derramo uma lágrima, como passe de mágica os sintomas da bebedeira tinham passado, conseguia me equilibrar e sem entender nada, ele disse que não tava certo, que não podia, que eu não repetisse aquele ato novamente. Como tinha esquecido que ele era comprometido, sai pensando que ele tinha me rejeitado, eu me vi completamente excluída do mundinho dele, será que nos veríamos de novo? Eu queria ver o cara que me levou ao céu e ao inferno em cinco segundos? Me sentia o pior dos seres humanos, como aquilo tinha me abalado tanto, sai sem falar com a Naty e fui caminhar na praia. Entre uma topada e outra me deu vontade de entrar no mar, coisa que só passa em cabeça de bêbado, plena duas da madrugada tomar banho no mar, pior que entrei, mergulhei, esfriei a cabeça, sai sentei na areia e sem contrariar o futuro de uma bebedeira, dormi. No outro dia acordei com uam dro de cabeça insuportável, pior que essa só um porre com vinho, estava em casa, de pijama, olhei pros lados, procurei a Natália e fui até a cozinha, lá estava Natália com algumas amigas; todos me olhavam com cara de pena, não estava entendendo nada, resolvi perguntar. Quando me situei do papelão que tinha sido protagonista comi algo, troquei de roupa e fui na praia tentar desfazer a burrada que tinha feito. Procurei Eduardo por todos os lados, até entrei no banheiro masculino pra ter noção! Como um homem daquele tamanho some no ar? Surfista não vive no mar? Onde estaria ele? Sentei na areia pensando na vida, derrepente sentí uma baforada no ouvido, era um cão enorme, lindo, segurava na boca um disco de brinquedo, daqueles que jogam para os cachorros pegarem no ar; acariciei aquela belezura, enquanto "perguntava" a cachorra como se chamava e o que fazia na praia, uma voz conhecida me falava de longe se aproximando: Ela se chama Tuca, adora correr na praia. Ele veio e se sentou ao meu lado, me senti como uma adolescente prestes a levar uma bronca dos pais, não falei nada, nem ele, ficamos os dois olhando pro mar, só a Tuca estava reagindo, corria d eum lado para o outro com o disco na boca, chegava a ser ilário. Resolvi começar, me desculpei por tê-lo beijado, tentei dizer que foi um impulso de uma bêbada tarada, ele sorriu e disse que eu não me desculpasse, não tinha sido nenhum sacrifício; quando ouvi isso me assustei, não esperava esse comentário, confesso que me deu até uma certa alegria. Ele se levantou, nem se despediu, chamou a cachorra que pulava em cima de mim e foi embora. Não sei, mas ele parecia meio chateado, fiquei olhando ele ir, estava de bermudão, descalço, ombros largos, cabelos pretos assanhavam-se com o vento, que cena linda, nunca esqueci, até porque virou uma rotina, ele sair e me deixar falando sozinha, a partir desse dia tive certeza que passaria uns dias a mais naquela cidade maravilhosa. Fui tomar o famoso açai de Itacoatiara, sentei numa barraquinha que vendia a iguaria, um surfista loiro e forte sentou-se comigo, seu nome era Ricardo, era amigo do Eduardo, tinha grande vontade de me conhecer. Quando o questinei o motivo de tanto interesse em me conhecer, ele soltou sem querer que o Eduardo, ou "Dudu" como ele o chamava, falava em mim, fiquei surpresa com tal revelação, Ricardo era um dos melhores amigos de Eduardo, falouq eu ele não parecia estar mal, e sim estava chateado, pois seu namoro andava meio em risco. " Esse namoro esta com os dias contados, a Manuela é muito controladora, ciumenta, parece uma fera quando alguma mulher chega perto dele, isso sufocou o amigo, chegou a um ponto que ficou insustentável, ainda mais quando ele contou pra ela do beijo de vocês, a mina surtou. Eu não podia acreditar, ele realmente amava muito a namorada, até contou que eu o beijei, que namorado contaria tal coisa pra namorada? Tem que ter muito amor. Na hora parei tudo e fiz o "ricardinho" repertir o que acabara de dizer, não podia acreditar, o namoro do Eduardo estava acabado por minha culpa, estava magoando quem mais me importava naquele momento, não podia deixar aquilo acontecer, tinha que fazer algo...


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